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Se tomarmos os dois conjuntos de livros, o judaico e o cristão, o Antigo e o Novo Testamento, poderíamos dizer, como Sholem Asch, em O Nazareno, o Velho Testamento é masculino e o Novo é feminino. No Antigo, o Deus macho é vingativo, no Novo, o que predomina é o perdão feminino, o acolhimento das crianças, o cuidado dos doentes. O perdão é típico do feminino, o cuidar das feridas tem o rosto do feminino em nós. A contemporaneidade cristã insiste no masculino dos Velhos volumes e usa de modo malicioso e perverso a amabilidade feminina das boas novas. O Senhor da guerra e do juízo eterno, o incendiário e ciumento, Deus macho – Deus tem história –, foi claramente destronado pela empatia feminina. Do Deus de um povo único do Velho passamos ao Novo Testamento, Deus deixa de ser exclusivo para ser inclusivo. Essa é a parte da história que não se conta, a de que, no jovem nazareno, Deus mudou a sua face.